quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Sem ter onde morar, duas famílias se abrigam em viaduto de Feira de Santana

Foto: Ney Silva | Acorda Cidade

Duas famílias que residiam no bairro Pedra do Descanso em casas do aluguel social foram desalojadas e passaram a ocupar o viaduto do cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e João Durval. Eles levaram fogões, televisores, camas e colchões para o local. Com seis filhos, a dona de casa Deise Brito Pessoa reclama da situação.

“A gente não tem outra alternativa. O dono da casa onde a gente estava morando disse que a prefeitura não estava mais pagando e colocou a gente pra fora. Cortou a água, a luz, colocou a gente no carro e deixou aqui. Não tenho marido e tenho seis filhos. Agora está nas mãos de Deus. Temos que ficar aqui até essa situação se resolver”, afirmou.

Além de não ter lugar para morar, a família também não tem o que comer. Na tarde de ontem, quando foi produzida a matéria, eles estavam cozinhando pele para se alimentar. Deise Brito Pessoa tem seis filhos com idade entre 16 e cinco anos. “A gente está sem alternativa. Não temos o que comer”, lamentou.

Maria Nalva de Jesus também está morando no local em situação parecida. Ela tem 45 anos e tem um filho. “Morava há mais de um ano em uma casa do aluguel social. A minha casa saiu no programa Minha Casa, Minha Vida, mas até agora não entregaram a chave e vamos ficar aqui”, afirmou.

O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Ildes Ferreira, explicou ao Acorda Cidade que o Programa Aluguel Social beneficia famílias por um período determinado de tempo de três meses, podendo ser prorrogado para seis meses.

“Passou o período e a casa do Programa Minha Casa, Minha Vida não saiu. Não podíamos continuar com o aluguel social. Ontem à noite uma equipe esteve no local e conversou com as famílias, tem crianças e dissemos que se continuassem ali o Conselho Tutelar vai pegar as crianças e levar para uma casa de acolhimento. Vou procurar o secretário Eli Ribeiro, da Habitação, para ver se tem alguma solução. Tem burocracia e temos que cumprir. Tentei prorrogar por mais dois meses esse aluguel social, mas eles disseram que não acharam uma casa dentro dos critérios necessários, com toda documentação que precisa”, afirmou.

Fonte: Acorda Cidade.

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