Foto: Acervo da família. |
Policial Militar morreu aos 57 anos por covid-19 no último dia 30, na cidade de Santa Rita, Paraíba. Ainda durante o luto, a viúva Silvana Cunha gravou um vídeo para incentivar o isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus.
Silvana antes defendia a abertura do comércio, criticando o isolamento social. Hoje, após sentir na pele o impacto do coronavírus, ela mudou de opinião e gravou um vídeo fazendo um alerta à população e implora que todos fiquem em casa.
"Há 15 dias, eu escutava essas palavras ‘fique em casa’ e até cheguei a zombar. Cheguei na loja e fiz um vídeo dizendo ‘fique em casa, mas quem vai pagar nossas contas no final do mês?’. Hoje eu digo, 'fique em casa'", relatou.
Após a morte do marido, Silvana fechou sua loja e foi para uma granja da família junto com o filho do casal, de 10 anos. Ela conta que a criança sente falta do pai.
"Essas palavras 'fique em casa' são muito pesadas pra mim hoje, porque eu não fiquei em casa, meu marido não ficou e infelizmente faleceu. Ontem eu senti o peso delas mais ainda, quando cheguei e meu filho olhou pra mim: 'mãe, você salvou meu pai?' e eu apenas disse que não".
Silvana disse ao G1 que Marco começou a apresentar os sintomas de coronavírus, como tosse seca e falta de ar, no dia 15 de abril. No dia 17, Silvana levou o marido até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tibiri 2, onde foi diagnosticado com pneumonia.
Ainda na UPA, Silvana chamou uma clínica particular para realizar o teste de coronavírus, e o resultado deu falso negativo.
No Edson Ramalho, foi feito um outro teste, que deu positivo para Covid-19. Marco foi entubado, transferido para o Hospital Metropolitano de Santa Rita e morreu no dia 30 de abril. Ele tinha diabetes e doença cardiovascular.
"Esse vírus humilha os seres humanos, porque ele nos faz sentir inválidos diante da situação. Nem um 'Pai Nosso' deixaram eu fazer para ele", lamentou Silvana.
Silvana e seu filho fizeram o teste para Covid-19 duas vezes, e todos os resultados foram negativos.
Correio
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